Crítica do filme "A Garota Dinamarquesa"

* Nessa temporada de premiações, a equipe do blog Livros e Filmes tudo junto e Misturado irá disponibilizando suas críticas dos filmes indicados ao Oscar.

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     A Garota Dinamarquesa, o  mais novo longa de Tom Hooper, diretor de "Os Miseráveis" e do "O Discurso do Rei", conseguiu indicações  no Oscar 2016. O filme ainda trás Eddie Redmayne, vencedor do Oscar 2015, e Alicia Vikander.

  Eddie interpreta Einar Wegener, um pintor bem sucedido, casado, e que não se vê num corpo de homem. Einar vive com sua mulher Gerda (Vikander), um casamento harmonioso .Um dia, para ajudar sua querida esposa, em sua arte, precisa se caracterizar como mulher. A partir daí ,Einar começa a andar, vestir, falar, e sentir -se uma mulher. 

  Procurando por uma cura, ele acaba achando uma proposta (até então nunca executada) de mudar de gênero. Logicamente, ele aceita e se torna a primeira pessoa a se submeter a esta cirurgia tão perigosa, para poder ser Lili Elbe. Toda essa história é narrada na década de 1920, com um figurino e maquiagem adequados a época.

  Apesar do tema abordado ser delicado e muito bem representado pelos dois atores, o decorrer do filme apresenta alguns clichês, e o diretor foca apenas   um recorte da realidade, que é reforçado de forma repetitiva, durante o filme inteiro: que Einar quer ser uma MULHER. Não haveria necessidade deste reforço, pois a própria atuação de Eddie é convincente, sem precisar de cenas redundantes.  Isso acaba deixando o filme cansativo...
  Vale lembrar que o filme teve uma adaptação pobre, colocando a personagem Lili mais para a ficção do que aconteceu de verdade. Essa técnica vem sendo utilizada pelo diretor Hooper onde pega material pronto e adapta para fugir das críticas. No filme também foi dado muito mais destaque para Einar, porém na obra original a personagem principal da trama é Gerda, que inclusive é a Garota Dinamarquesa, e é quem começa e encerra o filme. O filme trabalha muito bem com a arte. Vale a pena conferir.