Crítica do filme "Manchester à beira-mar"

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Se você quer assistir um filme que trás em cena um ambiente angustiante, uma tristeza deprimente, mas que mesmo assim não cai facilmente nos clichês do melodrama que procura o choro de maneira simples e fácil, esse filme é "Manchester à beira-mar". E pode confiar que o longa consegue abalar o espectador.

O filme que trás 6 indicações ao Oscar 2017, gira em torno de Lee Chandler, um bom cara que acaba indo trabalhar como zelador em Boston após alguns problemas do passado. Mais em um certo dia, ele acaba recebendo a notícia que seu irmão, Joe, faleceu, e por conta disso acaba retornando a cidade de Manchester para cuidar de seu sobrinho e dar adeus ao seu irmão.

Casey Affleck realiza uma mega performance como o Lee. Afinal, o personagem nada mais é que um cara deprimido, com pouquíssima expressividade e com vida marcada de traumas. Affleck diz muito sobre seu personagem apenas com o seu olhar, mostrando desespero, tristeza e muito mais.

Lucas Hedges, que interpreta o sobrinho, também se destaca muito bem, trazendo uma boa atuação nas cenas dramáticas e nas suas cenas como um adolescente rebelde. Dessa maneira, a dinâmica entre o tio e o sobrinho acaba ficando muitíssimo bacana.

Vale acresentar, que por Manchester ser uma cidade no litoral,e na época que se passa o filme, a cidade esteja passando por um inverno rigoroso, trazendo um clima frio e isolamento que contribui seriamente para deixar a trama mais deprimente.

Manchester à beira-mar trás uma excelente fotografia, que consegue diferenciar o presente e o passado, com um roteiro que trás sensibilidade ao mostra a perda e o recomeço, e um ótimo elenco.

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