Trama Fantasma- Um filme de Paul Thomas Anderson, sobre obsessões no amor, na vida, um drama atormentado, recheado de conflitos psiquiátricos, um prato cheio para especialistas da área!!! Não é um suspense, pois não tira o folego de como “ Corra! “que você quer ver mais , ansioso para próxima cena . Não é um terror psicológico como Cisne negro, que você acaba de ver esgotado com sofrimento da personagem. Nem chega perto dos dramas psicológicos de Igmar Bergman! Filme previsível porque lembra outros do gênero, com uma diferença, esse dá sono.
Uma afinidade obsessiva. “Uma casa que não muda é uma casa morta" Daniel Day Newis, um dos meus preferidos, (Meu Pé Esquerdo", Lincoln, etc) sempre em grandes atuações, mas nesta trama ,um desperdício. Neste longa, ele faz um renomado estilista, excêntrico, nervoso, onde o passado o atormenta, não gosta de ruídos, principalmente às refeições, conhece uma moça "Alma" que irá ser o pivô para abalar esta fortaleza, com seu jeito doce e neurótico ao mesmo tempo. Trilha sonora é bonita! Um mal resolvido problema do passado é o principal traço da personalidade de Reynolds Woodcock, o estilista vivido por Daniel .Isso fica assinalado na sua escolha de ofício, na solteirice, nos diálogos sobre o passado de Reynolds, na obsessão de sua irmã como mãe substituta. Reynolds surge para nós, excêntrico,perfeccionista,mesmo porque o filme sugere logo de cara que a repetição de comportamentos é uma questão central da sua personalidade, quando vemos ser dispensada da sua casa a atual namorada do estilista de alta costura da década de 50. Para a coprotagonista de Reynolds, a bela garçonete Alma (Vicky Krieps), porém, temos o oposto. De Alma sabemos pouco. Sabemos que é bela e jovem, que é garçonete, que emigrou para a Inglaterra. Reynolds conhece Alma, apaixona-se e é correspondido, em uma relação nada convencional. Trama fantasma, refere-se a costura, é justamente esse vaivém com que Reynolds e Alma desenvolvem uma relação abusiva cheia de carências e compensações, um personagem complexo, ao mesmo tempo forte. Existe um antagonismo na relação dos dois , uma dialética, onde os opostos se completam. O sofrimento sustenta a relação , transformando-se no alimento do amor. O filme tinha tudo para ser bom: atores , trilha sonora, fotografia, mas é cansativo , monótono , um suspense previsível.
Esse filme me deu sono! A c´rtica me fez lembrar do excelente cineasta Igmar Bergman!
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