
Uma afinidade obsessiva. “Uma casa que não muda é uma casa morta" Daniel Day Newis, um dos meus preferidos, (Meu Pé Esquerdo", Lincoln, etc) sempre em grandes atuações, mas nesta trama ,um desperdício. Neste longa, ele faz um renomado estilista, excêntrico, nervoso, onde o passado o atormenta, não gosta de ruídos, principalmente às refeições, conhece uma moça "Alma" que irá ser o pivô para abalar esta fortaleza, com seu jeito doce e neurótico ao mesmo tempo. Trilha sonora é bonita! Um mal resolvido problema do passado é o principal traço da personalidade de Reynolds Woodcock, o estilista vivido por Daniel .Isso fica assinalado na sua escolha de ofício, na solteirice, nos diálogos sobre o passado de Reynolds, na obsessão de sua irmã como mãe substituta. Reynolds surge para nós, excêntrico,perfeccionista,mesmo porque o filme sugere logo de cara que a repetição de comportamentos é uma questão central da sua personalidade, quando vemos ser dispensada da sua casa a atual namorada do estilista de alta costura da década de 50. Para a coprotagonista de Reynolds, a bela garçonete Alma (Vicky Krieps), porém, temos o oposto. De Alma sabemos pouco. Sabemos que é bela e jovem, que é garçonete, que emigrou para a Inglaterra. Reynolds conhece Alma, apaixona-se e é correspondido, em uma relação nada convencional. Trama fantasma, refere-se a costura, é justamente esse vaivém com que Reynolds e Alma desenvolvem uma relação abusiva cheia de carências e compensações, um personagem complexo, ao mesmo tempo forte. Existe um antagonismo na relação dos dois , uma dialética, onde os opostos se completam. O sofrimento sustenta a relação , transformando-se no alimento do amor. O filme tinha tudo para ser bom: atores , trilha sonora, fotografia, mas é cansativo , monótono , um suspense previsível.
Esse filme me deu sono! A c´rtica me fez lembrar do excelente cineasta Igmar Bergman!
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