Crítica do filme: "Três anúncios para um crime"

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Três anúncios para um crime -Inconformada com a ineficácia da polícia em encontrar o culpado pelo brutal assassinato de sua filha, Mildred Hayes decide chamar atenção para o caso não solucionado,alugando três outdoors em uma estrada raramente usada. A inesperada atitude repercute em toda a cidade e suas consequências afetam várias pessoas, especialmente a própria Mildred e o Delegado Willoughby, responsável pela investigação.

Mildret Hayes,em fase de investigação da morte da filha , desperta a atenção da cidade com os três outdoors, após perceber que o caso foi deixado de lado pela autoridade local.O luto é uma experiência pessoal , única, e cada pessoa a vivencia de uma forma; não existem maneiras melhores ou piores. A vida pode deve continuar a ser vivida. Cada um tem o seu tempo. Nesta fase do filme Milred se torna uma pessoa amarga, dura, sem brilho nos olhos e fecha o coração para receber o amor das pessoas que ficaram ao seu lado. A revolta também é um sentimento normal para quem está de luto. Nada a consola. Encontrar o assassino, é difícil, uma obsessão, pois não existe pistas.

Em seu caminho, Mildred (McDormand) trava um conflito duro com a polícia da pequena cidade de Ebbing, pacata, ela se reconfigura drasticamente a partir do ódio desta mulher, vítima de circunstâncias que antecedem a despedida repentina de sua filha Angela, e que extravasa o sofrimento à sua maneira. Violentamente, Frances arrebata nossos corações, com olhos que imprimem a determinação que apenas uma mãe teria. Sua atuação é perfeita e mostra suas profundas lágrimas, suas rápidas explosões de dor em falas angustiantes.

Adversários em virtude das coisas da vida, Mildred e Dixon se cruzam de maneira inusitada. E tal como nos surpreendemos diante da imprevisibilidade dos fatos, nos apaixonamos pela dinâmica McDormand-Rockwell. Com suas particularidades e tristezas que se completam, suas histórias se mesclam através de uma terceira e repentina perda. Unidos pela dor ,cresce vertiginosamente a partir do grau de sensibilidade emocional de seus personagens.

Frances McDormand, atriz exemplar, está perfeita em seu papel duro e áspero. E as cartas do xerife são muito são muito sensíveis, influenciando o comportamento das pessoas, uma boa fotografia, mais esperava mais do longa.