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Lion é baseado na história de vida de Saroo Brierly, que escreveu sua trajetória no livro "A Long Way Home" e também assina o roteiro do filme. A maioria dos filmes não são tão consistentemente bons quanto Lion. Com duas metades distintas, a primeira metade é sobre um menino na Índia que se perde de sua família, e a segunda metade é sobre ele ir em busca de suas origens.
Uma história maravilhosamente contada, edificante de coragem e determinação.
Lion é aquele típico filme que prende atenção, ainda que siga todos os padrões do gênero e não inove em nada. A história é boa,com uma ótima trilha sonora de Dustin O’Halloran e Hauschka, mas os detalhes são por muitas vezes insignificantes. A primeira hora do filme mostrando os desencontros do garotinho em busca da família, é angustiante, talvez um pouco longa demais, porém funciona. A triste história do pequeno Saroo que depois de ter se separado do seu irmão e ficado em um banco de estação de trem no interior da índia em 1986, ele se vê perdido e completamente solitário. Em busca do seu irmão o pequeno Saroo explora a desolada Calcutá e na solidão ele começa procurar um sentido ou alguém que o leve até sua mãe, o jeito que ele chama Guddu é muito comovente ,se contrapondo a indiferença da maioria da população,nos deixa sensibilizados. Depois de enfrentar todas as dificuldades ele acaba em um orfanato onde é adotado por uma família Australiana. O pequenino Sunny Pawar faz um trabalho de gente grande, o modo como ele mostra a história de Saroo é magnífico, é impossível você não se cativar e se emocionar com ele.
A segunda hora é muito mais problemática. O roteiro tenta focar em um drama familiar desnecessário e fracassa lamentavelmente. A história se perde e reencontra seu rumo apenas nos 15 minutos finais. O final é realmente ótimo, mas um bom final nem sempre justifica os meios. Dev Patel está modestamente bem. Nicole Kidman surpreende e entrega uma atuação formidável. Já Rooney Mara entra muda e sai calada. Uma belíssima fotografia de Greig Fraser e um roteiro de Luke Davies. O longa é dirigido por Garth Davis, um diretor brilhante. Um melodrama que transborda em sua parte final, que reserva momentos de intensidade valiosa.
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